Aqui tem uma NASCENTE, ela faz parte da nossa História !

Aqui tem uma NASCENTE, ela faz parte da nossa História !
Lembro-me ainda criança pegando baldes de água para levar para casa junto com meus vizinhos, naquela época, não havia saneamento, não havia água encanada, as ruas eram sem asfalto e não havia iluminação nas ruas, que tal eternizar nossa história? Poder Público, veja a oportunidade de eternizar nossa História, que tal um chafariz, uma praça algo que homenageie os moradores deste bairro? Nossa comunidade merece !

Morro Grande 1930 até os anos 80

foto de thiago2t postado em 05/04/2010 no site skyscrapercity
(Esta foto é parte de um documentário feito por thiago2t no site skyscrapercity, vale a pena dar uma olhadinha)


A Vila Morro Grande, nome também da Pedreira ali existente, na divisa de Vila Brasilândia, do Bairro de Freguesia do Ó, possui um pedaço de construções fantasmas, perdidas no tempo, longe do apogeu sonhado pelo seu criador.

Na década de 1930, iniciou-se a exploração da Pedreira Morro Grande, localizada na Serra da Cantareira, na parte pertencente a Freguesia do Ó.
Naquela época, para se chegar ao local, o único caminho disponível era a antiga Estrada do Congo, ainda sem asfalto.

O britador ficava no começo da referida estrada, hoje Avenida Elisio Teixeira Leite, na esquina com a Avenida Itaberaba, e os blocos de pedra eram transportados por carroças especiais puxados por mulas.
Nos finais dos anos 40 a britadeira foi desativada, com o asfaltamento da Estrada do Congo até a entrada da Pedreira, onde ainda hoje existe um portal na entrada.

Foi mais ou menos nessa época que o nordestino Tomás de Mello Cruz casou-se com Dona Elza, filha do proprietário da Pedreira.
Tomás de Mello Cruz vinha de uma renomada família que no Nordeste explorava o ramo de tecelagem e na Vila Morro Grande ele iniciou o seu grande império, construindo a Tecelagem Santo Eduardo Tecidos de Algodão Ltda. e implementando de modernidade a exploração da Pedreira.

Com as atividades da Pedreira, atendendo a uma São Paulo em obras, e a Tecelagem, a Vila Morro Grande passou a ser habitada pelos operários, com a criação de um pequeno comércio no local.
Ao redor da Tecelagem também era plantado café de qualidade,  destinado a importação.

O Sr. Tomás de Mello Cruz, além dos empregos que gerava para a população local, era um benfeitor da região, contribuindo com diversas obras, inclusive na pavimentando de cascalho de pedra inúmeras ruas de terra.
Homem notável e empreendedor, foi mais adiante. Nos anos 60 criou o internato Instituto Mairiporã, escola de formação ginasial e profissional para os filhos de seus empregados.

Na Vila Morro Grande contruiu uma moderna Igreja, dedicada a Santa Clara, toda de grandes vitrais, com o piso em desnível, de forma que todo participante dos atos religiosos ali realizados tivessem ampla visão do altar, que ficava em destaque elevado, podendo ainda ser visto nos fundos o Pico do Jaraguá, de forma grandiosa.

E não é só. O Sr. Tomás lá também construiu um charmoso cinema, onde além de exibição de filmes o prédio era usado para outras atividades sociais.
Todo dia, pontualmente, às 11:00 e 16:00 horas, podia se ouvir na região o som das explosões do maciço das rochas da pedreira, feitas com dinamite.

Nos anos 80, a Pedreira não pode mais continuar suas atividades e a Tecelagem por outros motivos quebrou.

A Igreja e o Cinema hoje são obras fantasmas, deterioradas pelo tempo. 
O prédio da Tecelagem segue o mesmo caminho e a plantação de café foi abandonada, tomada por ervas daninhas. 
Tudo longe, repete-se, do apogeu sonhado pelo seu criador. 
Viva São Paulo.

Por Nilvado Godoy  VIVASP  em: 6/8/2005 - 23:20:32

Nota da Redação:

Quem tem mais de 30 anos talvez se lembre desta fase dos anos 80, onde as freiras davam catecismo na Igreja do Tomas, saíamos do catecismo, voltávamos para casa ansiosos para chegar a tarde, ir ver o cinema, tempos mais tarde, o cinema foi trocado pela banda, depois assistir à missa com uma paisagem de fundo ímpar, o pico do Jaraguá com sua luz reluzente iluminando o cenário da igreja.

Bons tempos que não voltam mais, saudades!

Apêlo:
Quem tiver fotos desta época, por favor, nos envie para fazermos um acervo do nosso bairro, deixe seu e-mail abaixo no comentário, para que possamos entrar em contato, desde já, muito obrigado!


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